Você sabe o que realmente é medicina integrativa? Segundo a nefrologista e médica generalista Dra. Fabiana Caviquioli, com mais de 20 anos de experiência em cuidados intensivos, a resposta está longe de modismos e soluções prontas.
“Muita gente acha que medicina integrativa é só misturar suplementos e terapias naturais, mas não é assim que funciona. A verdadeira medicina integrativa é o equilíbrio entre ciência, prevenção e respeito à individualidade do paciente”, afirma a especialista.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 7 milhões de vidas poderiam ser salvas até 2030 com investimentos mínimos em prevenção de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares — todas ligadas diretamente ao estilo de vida. Estudos da Universidade de Harvard também demonstram que a adoção de cinco hábitos saudáveis (boa alimentação, exercício regular, peso adequado, não fumar e uso moderado de álcool) pode aumentar a expectativa de vida em até 14 anos para mulheres e 12 anos para homens.
Nesse cenário, a medicina integrativa se apresenta como uma abordagem clínica segura e baseada em evidências. “Não se trata de jogar substâncias no corpo e esperar o resultado. Cada paciente tem necessidades específicas. O papel do médico é avaliar, ajustar e propor o que realmente faz sentido para aquela pessoa”, explica a Dra. Fabiana.
Ao contrário da ideia de “mercado de suplementos”, a medicina integrativa foca no acompanhamento contínuo e na prevenção. “Não é sobre apagar incêndios. É sobre cuidar da saúde antes que o problema comece. É ciência, não experimento. É vida real”, resume a médica.
Com a inclusão de práticas reconhecidas como nutrição personalizada e atividade física regular, essa abordagem tem demonstrado impacto real na qualidade de vida e redução de sintomas em pacientes com doenças crônicas. É, segundo a Dra. Fabiana, “uma medicina que respeita a ciência, respeita o paciente e busca o equilíbrio”.